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11 de abr. de 2025
NOTÍCIA AMBIENTAL
Com resultados expressivos, o estado do Paraná demonstra um avanço notável na proteção de seu patrimônio natural, ao registrar uma diminuição de 95,2% no desmatamento ilegal da Mata Atlântica entre 2021 e 2024. Os dados, provenientes de um levantamento meticuloso conduzido pelo Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), revelam uma queda significativa na supressão vegetal, que passou de 6.939 hectares para 329 hectares no período analisado.
O balanço, coordenado pelo Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação (NGI) do órgão ambiental, setor estratégico para a vigilância do ecossistema paranaense, utiliza como base os alertas emitidos pela Plataforma MapBiomas, uma iniciativa do Observatório do Clima. A análise por regionais do IAT evidencia reduções ainda mais acentuadas em algumas áreas, como Francisco Beltrão (98%), Litoral e Pato Branco (ambas com 96%), seguidas por Cascavel, Irati e Guarapuava (todas com 95% de diminuição).
Este êxito notável é atribuído, principalmente, à intensificação e ao aprimoramento das ações de fiscalização implementadas pelo IAT. A comparação entre 2021 e 2024 revela um aumento de 65% no número de Autos de Infração Ambiental (AIAs) relacionados a crimes contra a flora nativa, saltando de 3.183 para 5.252. Paralelamente, o montante total das multas aplicadas registrou um crescimento de 70%, passando de R$ 78.797.343 para R$ 134.067.876 no último ano.
Em 2024, as regionais de Guarapuava, Curitiba, Francisco Beltrão, Irati e Ponta Grossa se destacaram no número de infrações notificadas, totalizando R$ 84,9 milhões em multas por supressão vegetal, o que representa 63% do valor total aplicado no estado. É importante ressaltar que o valor arrecadado com essas penalidades é integralmente destinado ao Fundo Estadual do Meio Ambiente, conforme estabelece a Lei Estadual nº 12.945/2000. Essa destinação garante o financiamento de projetos e programas voltados ao controle, à preservação, à conservação e à recuperação ambiental no Paraná.
O Gerente de Monitoramento e Fiscalização do IAT, Álvaro Cesar de Goes, enfatiza que o aumento expressivo no volume de multas reflete a efetividade do trabalho desenvolvido pelo órgão no combate ao desmatamento ilegal. "Este balanço demonstra claramente a forte atuação do IAT, por meio dos nossos agentes fiscais, que estão presentes em todo o Paraná, especialmente nas áreas que ainda concentram a maior reserva de vegetação nativa da Mata Atlântica", afirma. Ele também destaca o papel crucial das ferramentas tecnológicas na identificação e punição mais célere dos infratores, possibilitando operações de rotina e planejadas por terra, água e ar.
A colaboração da sociedade é igualmente vital para a continuidade dessa tendência positiva. A denúncia de crimes ambientais, conforme previsto na Lei Federal nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) e no Decreto Federal nº 6.514/08 (Condutas Infracionais ao Meio Ambiente), é um instrumento poderoso para a proteção da flora e fauna silvestres. Os canais de denúncia incluem o Disque-Denúncia 181 do Batalhão Ambiental e a Ouvidoria do IAT, disponível no serviço "Fale Conosco" e nos escritórios regionais. Ao fornecer informações precisas e detalhadas sobre as ocorrências, os cidadãos contribuem significativamente para a efetividade das ações de fiscalização e para a preservação do valioso bioma da Mata Atlântica no Paraná.
Fonte: PR.GOV.BR